Comentário sobre o texto de Alexandre Monteiro de Menezes

O desenvolvimento acelerado da tecnologia atingiu as diversas áreas do conhecimento humano. Desde aplicações na medicina até nas engenharias, o computador tem se tornado uma ferramenta comum na vida dos profissionais de diversas áreas. E não seria diferente com a Arquitetura. Essa influência e os impactos por ela produzidos foram retratados no texto “O ensino de desenho nas escolas de arquitetura e a influência da informática”, de Alexandre Monteiro de Menezes, de forma bem clara.

Como o autor mesmo diz, para que o computador seja algo positivo na execução de projetos dos arquitetos, ele deve ser subordinado ao processo de criação, e não utilizado de maneira fixa e repetitiva. Se usado da maneira correta, em que a criatividade do usuário é o foco, e não a capacidade da máquina, os resultados podem ser bem significativos. Maria Lúcia Malard, Phillip Jhon Rhodes e Steven Edward Roberts “valorizam a utilização do computador como instrumento indutor da criatividade”, já que ele reduz o tempo que seria gasto com a execução do projeto à mão, com a elaboração dos desenhos, cortes e detalhes. Esse tempo que foi economizado pode ser usado de outra maneira mais proveitosa, como no próprio processo de criação do projeto do arquiteto.

Mas, apesar dessas vantagens, os métodos convencionais de projetar –à mão, com lápis e esquadros- também não devem ser esquecidos, porque tais conceitos permanecem válidos dentro da cultura virtual. Por isso, é interessante que as escolas, à exemplo da UFMG, introduzam a informática juntamente com a arquitetura como indutora do processo de criação,e não apenas como uma ferramenta técnica. Mesmo porque o mercado de trabalho também exige uma ampla utilização da informática. Como é o mercado que seleciona o profissional que ele quer, não há porque as universidades continuarem negando a aliança entre o computador e a arquitetura.